terça-feira, 29 de março de 2005

John

Bons da música chamados John:

- Zorn
- Squire
- Coltrane
- Cage
- Lurie
- mc Laughlin
- Bonham
- ny Cash
- Cale
(merci Erick pelos 2 últimos)
- outros

Classificação dos Johns segundo uma taxonomia Sino-Borge-Foucaulesca:

- os que são estadunidenses
- os que não têm amídalas
- os que nunca vieram ao Brasil
- os que tocam mais do que 3 instrumentos (mas apenas 2 ao mesmo tempo, no máximo)
- os que têm as iniciais JC
- os que fazem careta
- os que medem mais de 1,75m
- os que adotam uma postura
- os que nasceram em dezembro
- os que não estão nesta lista e nem na anterior, estando a partir de agora
- os que virão
- os que não participam
- os que estão movimentando-se agora

domingo, 27 de março de 2005

Uma receita no blog

Cheesecake da Maíra

Quem já comeu, sabe. Quem não comeu, perde. Quem não gosta de cheese cake, gosta.

Ingredientes:

• creme:
400g de cream cheese
100ml de creme de leite fresco
2 ovos
3 gemas
3/4 xícara de açúcar cristal
1 colher de chá de essência de baunilha
2 colheres de sopa (bem cheias) de maizena
suco de meio limão pequeno

• crosta:
2 pacotes de biscoito maria
manteiga

• cobertura:
goiabada cascão OU doce de cupuaçu OU geléia do que quiser
uma colher de chá de rum ou outra bebida que combine com a cobertura escolhida


Preparo:

• comece pela crosta: bata no liquidificador (ou no pilão, demora mas é divertido) o biscoito maria. para não sobrecarregar, bata um punhado de cada vez e, antes de colocar os biscoitos no copo, quebre-os com as mãos. depois, junte aos poucos a manteiga ao farelo do biscoito, misturando bem até que vire uma massa. forre uma fôrma de fundo removível – deixe bordas se quiser.

• creme: junte todos os ingredientes e, com uma batedeira em velocidade máxima, bata-os muito bem. despeje a mistura na fôrma, em cima da crosta.

coloque no forno pré-aquecido e médio-baixo. o tempo varia de forno para forno, por isso depois de 30 ou 40 minutos comece a verificar com um garfo o creme. estará pronto quando o garfo sair limpo e o creme estiver com a superfície dourada.

cobertura: pode ser feita durante a espera do tempo de forno. corte a goiabada em pedaços e derreta numa panela com meio copo de água. quando estiver lisa e homogênea, apague o fogo e coloque o rum, sem deixar de misturar. se quiser usar cupuaçu, pegue o doce e aqueça com um pouco de água apenas para que fique fluido. se quiser usar geléia, proceda da mesma forma. não ponha gelatina, é uma porcaria só.

quando tirar do forno o bolo, deixe-o descansar até que fique em temperatura ambiente e, então, ponha a cobertura com uma colher, aos poucos, para que fique bem distribuída. leve à geladeira.

o tempo de forno e preparo é curto se comparado ao tempo necessário para que fique gelado. por isso, recomendo que seja feito com antecedência. quente fica ruim, bem gelado é muito melhor.
estou querendo descobrir um tipo de cobertura diferente, quem sabe um suspiro de chocolate com vinho ou algo assim mais esquisito e chic. Como se fosse um cheesecake-pavlova.
e por falar em vinho, com o cheesecake recomenda-se espumante ou sauvignon blanc, ou um muscat branco. Se seu cheesecake não é muito doce, por causa da cobertura escolhida, vale a pena tentar um madeira demi-sec.

sexta-feira, 25 de março de 2005

3 nomes, coisas boas

Olivia Tremor Control *****
Super Furry Animals *****
Neutral Milk Hotel *****
Cato Salsa Experience ****
Grant Lee Buffalo ***
Yo La Tengo *****
Karl Heinz Stockhausen (he he) *****
Porno For Pyros ****
Badly Drawn Boy ****
Van Dyke Parks *****
Gastr Del Sol *****
Guided By Voices ****
Nine Inch Nails ***
Polly Jean Harvey ***
Xu Feng Xia *****

quinta-feira, 24 de março de 2005

escutar música é o prazer máximo.

segunda-feira, 21 de março de 2005

Dia sem internet II

Isolar-se em paredes de som e perceber apóstrofes. Escrever no plural. Observa-se os próprios punhos.
O que existe não é aceleração, mas o registro. Não se isola a dinâmica da escritura, acompanha-se rastro.
Farejar sentidos, encontrar vestígios. Reaparecer para si no envolvimento das impressões. Reconhecer-se no claustro. Alimentar-se da corrente, perceber mais apóstrofes. Entrar.
A visita imposta, varar o interior, penetrar. O centro, o fulcro. Hipérbole pelas entranhas. Entremear-se de voracidade, na massa sonora, apagar-se, ser o ato.
Deixar cair, escrever no infinitivo. Para não delimitar, descarta tabletes de tempo, divina: não, mensagem. Só.
O fluxo, derreter o tempo. Efervescer. Abaixar a cabeça, corpo em direção a.
Um abraço de mil membros; aqueles que atravessam a corrente permanecem, derreteram. Queria escrever seus nomes. Dois deles, e depois os outros.

Dia sem internet I

PROGRAMA DE REESTRUTURAÇÃO DA AUTO-ESTIMA

O chão mais imponente é o que já foi pisado: pés de próprias mãos, impropriedades classificadas. Pisadas. Submeter-se sim, alguns casos de preservação. Entrar de roupa na corrente, no mergulho, na textura. Aquilo de que se gosta em pulo, pulos, jorros. Jatos de dia. Explosões de vapor: branco, cinza, quase azul e mais cinzento, frio. O som de voz, a voz de vento, ser pastor de nuvem. Reestruturar. Não virar, costas de copas. Ser bojo e superfície: planejar o côncavo para ser espelho. Reflexo aos poucos manipulado, cera de visões. Dar passos. Pulso de rastros, seguir, o chão que passa. Divindade, consagrar o chão. Conjurar o método. Atomizar o passo. Estreitar as penas. Via sacra de conforto pessoal. Dorsal.

sexta-feira, 18 de março de 2005

Nao sei bem que dia e hoje,

mas é madrugada recente, uma recém sexta-feira. Acabei de ler um livro que tinha um personagem de que gostei. O livro, falo dele depois. Tenho o impulso de começar o post por ele, criticando. Mas vou ao personagem. Lembrou-me de alguém a quem escrevi um texto só. Acho. Estas palavras originalmente seriam endereçadas a ele. Dei-me conta antes, porém, de que não é possível para mim, neste momento, escrever cartas a alguém que não seja eu. Ou o que sou socialmente. A verdade é que todas as cartas que já elaborei (essa palavra pela espécie de cuidado) foram mesmo para mim. Para a minha auto-estima, minha confiança, a obra do meu aparecimento – primeiro pessoal e depois – público. O personagem, afinal, é quieto e um pouquinho angustiado. Normal. Encanta-se quando as coisas surpreendem. Tem impulsos, a maioria controlados, comenta para si algumas palavras graciosas. Ele lembrou, até por cabelos escuros e com ansiedade de espaços, aquele alguém que já descrevi. (não aqui) A descrição até um bocado díspar do que acabo de contar, mas clareou alguns pontos e fez-me rir sem culpa do que já havia escrito nesse sentido. É mesmo, parece, uma questão de sentido: um espelho. Ou foi, não sei bem.
Talvez descrever o imprevisto seja bom para o momento de reconhecê-lo, desde que acomode as fatais diferenças. Não quero que o tom aqui seja paternal.
Estou com sono e até bem satisfeita. A crítica do livro, por fim, breve: inconsistente, prolixo. Interessante até chegar em partes que eram:
- absolutamente desnecessárias ou
- excessivamente líricas ou
- triviais ou
- inclassíficáveis e mal-construídas.
Algumas coisas abstrusas eram bonitas; as mais simples, na verdade, melhores. Até amanhã.

quarta-feira, 16 de março de 2005

derreterei.

=~













é um arrepio só. dá até dó, ou explodirei.
=)

aaah. bom bom bom.

✫ mellow ✫


Dig A Pony.

Well you can celebrate anything you want
Yes you celebrate anything you want
Ooh.
I do a road hog
Well you can penetrate any place you go,
Yes you can penetrate any place you go
I told you so, all I want is you.
Ev’rything has got to be just like you want it to.
Because –
I pick a moon dog
Well you can radiate ev’rything you are
Yes you can radiate ev’rything you are –
Ooh.
I roll a stoney
Well you can imitate ev’ryone you know
Yes you can imitate ev’ryone you know.
I told you so, all I want is you.
Ev’rything has got to be just like you want it to.
Because –
I feel the wind blow
Well you can indicate anything you see
Yes you can indicate anything you see –
Ooh.
I load a lorry (?)
Well you can syndicate any boat you row
Yes you can syndicate any boat you row.
I told you so, all I want is you.
Ev’rything has got to be just like you want it to.
Because


é assim que eu fico quando penso no meu Let it Be... Naked.
é um disco absolutamente delicioso. orgânico, guitarrento, cheio de timbres e espontaneidades. comprei hoje, junto com a trilha sonora do filme wonderwall (com jane birkin) feita pelo george harrison, e com o pet sounds que – acreditem – eu ainda não tinha. e que também é muito delícia.
oh, estou tão mellow ultimamente... com tanta boa vontade de ser tranquila e calma e com surtos de auto-preservação. coisa boa de sentir. ficar quieta até que algo inesperado e inquestionavelmente merecedor de atenção venha.
mellow mellow mellow =)

sexta-feira, 11 de março de 2005

Ocorreu-me uma coisa

enquanto estava lendo um livro, o segundo da série "preciso ler novelinhas", e agindo com o usual seinfeldismo aplicado à literatura. Pesquei uma coisinha interessante: numa intra-carta, o personagem dizia que o poema não foi escrito para dada pessoa. Mas sim essa pessoa foi criada para o poema.
E isso esclarece alguns pontos. Ou melhor, reforça. Escrever textos com forma literária para alguém é uma bela armadilha. Acho que assim posso expressar melhor o que aconteceu alguns episódios atrás. Como já preguei e preguei, o poema nada tem que ver com o mundo real, não pode representá-lo. Mas o mundo real pode ser manipulado para representar o poema, ao que parece. E é assim que criam-se musas e musos e é assim que a coisa foi revertida e é sempre. Engraçado essa idéia aparecer num texto tão anedótico, que tem muitas tentativas ruins de auto-referenciar-se.
Enfim, tal manipulação é como o Frankenstein, ou o Jimmy Angelov (uh, péssimo exemplo =D): criatura, mal-criada, fantasmagórica. Cada vez mais professo a distância da vida real e da arte. Para representar, blog-se. É inclusive um bom purgante dos pruridos ultraviolentestéticos. =)
O envoi: cuidado com o que escreves, pode virar pantasma.

terça-feira, 8 de março de 2005

fim do dia

, em consonância, foi à la polyphonic spree.
headphones, cores, engarrafamento, desvio pela estrada da floresta, um pequeno beleléu.
=)

quando eu viajava de carro com meus primos

e nossos pais, a gente chamava florestas de pinheiros – aquelas de reflorestamento – de beleléu. e até hoje pra mim beleléu tem cara... =)

segunda-feira, 7 de março de 2005

preciso usar mais

discman. tudo bem que não tenho um ainda, mas hoje emprestei o do meu irmão e isso melhorou meu dia de um jeito fantástico.
fui ao ortodontista colocar o anel do aparelho da arcada inferior e precisei ir pro trabalho de ônibus depois. quando pus os fones ficou tudo mais bonito, ainda mais quando estava chegando e tocou across the universe enquanto eu via aquela cena linda de estacionamento, flanelinhas lavando o carro, pessoas chegando atrasadas, lixo sendo posto para fora... =)
pior que foi lindo mesmo, e eu ainda fiquei sorrindo sozinha.

quinta-feira, 3 de março de 2005

mas chega de comentar besteiras, hoje – Dia de Paula!

que malabarismos não faço pra evitar usar acentos no campo do título que não os aceita. =)

A ele: hoje, hoje é aniversário da Paula!
Eu tenho uma amiga que se chama Paula de Queiroz Carvalho Zimbres, e acho que é a primeira vez que escrevo o nome dela inteiro.
Minha amiga é um doce, é doce de um jeito bom, não dá engulhos na garganta. Ela é sensível e pensa ser bem frágil, age como se fosse, eu sei que ela é forte. Mas isso é segredo, shhh. Ela é leve mesmo quando escreve coisas pesadas. Toca baixo muitíssimo bem, e nem precisa ser musicista de jazz pra isso. Somos amigas há quase dez anos, bem uns sete ou oito. Mas fomos apresentadas há uns vinte e quatro, provavelmente.
Hoje é aniversário dela e eu estou em casa trabalhando. Pra ganhar experiência e dinheiro e dar pra ela de presente o Let it be naked, que vai ser o presente da vez o ano inteiro, e ainda alguma coisa feita em casa. Quem sabe uns biscoitos de cebola, ou um cheese cake, ou um desenho.
Nós escutamos muitas coisas feias e engraçadas juntas, mas mais coisas bonitas. Agonizamos e agrurejamos. Hemos de fazê-lo mais vezes, quantas forem imprecisas.
A Paula voltou de São Paulo ontem, estou com saudade, tenho mais algumas boas páginas para revisar.

Contei isso tudo porque deu um surto de sem-vergonhice, mas se estiver falando demais ela me avisa, ou alguém aí que ache esquisito. Combinado?

Na tv,

digo, nas séries da sony e da warner, quando alguém discute, sempre falta argumento. Alguém sempre fala menos do que poderia, não se explica direito e sai na pior posição. Ai, queria que eles pudessem se defender! Que chato ficar fazendo força pra ver se o argumento que eu pensei migra e vai parar lá no mundo da televisão.

quarta-feira, 2 de março de 2005

ja havia acabado o elliott smith quando

, por pura preguiça, ainda estava na cama vendo os créditos de gênio indomável. aí no final apareceu assim: "in memory of allen ginsberg & william s. burroughs". desse jeito, com o "e" comercial. hihi menininhos pimbas americanos.

pois é, eu nem deveria gostar de ginsberg fosse pela minha criação teórico-literária. mas eu gosto e tenho lido coisas altamente reversas ao ponto de vista pós-estruturalista e associados. traduzindo: coisas líricas ou historinhas. acho que quero ser arrebatada que nem todo mundo, e quem sabe lendo coisas sem compromissos estéticos eu náo consiga diminuir um pouco o chocolate.

sei lá por que estou feliz. =)


colocando sorrisinho desse tipo =) com sinceridade impensada por aí.

terça-feira, 1 de março de 2005

Cardeal Newman

era um cara que dizia que a universidade deveria formar pessoas:
“tem como objetivo aumentar o nível intelectual da sociedade, cultivar a mente pública, purificar o paladar nacional, fornecer os princípios verdadeiros para o entusiasmo popular e objetivos determinados para as aspirações populares, elaborar as idéias de seu tempo, facilitar o exercício dos poderes políticos e refinar o relacionamento da vida privada”.
Em parte, concordo com ele. Pensei bastante sobre isso durante meus anos de graduação, até quase comentei no discurso de formatura. Mas seria adotar uma atitude rebelde de que lutei para me livrar desde que passei no vestibular... Enfim, acho que de fato a universidade é cada vez menos um local de formação de mentes. Um outro cara chamado Flexner reclamou que elas eram “escolas de ensino médio, escolas vocacionais, escolas para formação de professores, centros de pesquisa, agências de fomento, empresas – estas e outras coisas todas ao mesmo tempo”. Elas realizavam “absurdos incríveis”, “uma vasta gama de coisas inconseqüentes”. Elas “se desvalorizaram, se vulgarizaram e se mecanizaram”. Pior de tudo, elas se tornaram “postos de serviço” para o público em geral”. Isso radicaliza mas expõe melhor o argumento do cardeal Newman.
Por outro lado, o ensino individualista do passado, concentrado em encontrar não necessariamente premissas, mas silogismos perfeitos e postulados grandiosos, já era. A contribuição da universidade para a pesquisa de saúde, alimentos, entre muitas outras áreas é importantíssima. Acho que deve haver uma combinação das coisas.
O cidadão precisa ser informado e polido, mas o polimento não precisa ter esse ar aristocrático que o Newman exala, deve ter à sua disposição mais instrumentos de escolha. Assim como o povão deve entrar em contato com um pensamento complexo ao qual não tinha acesso, os intelectuais devem tirar o gesso e procurar conhecer o chamado "simples", ou seja, os cidadãos devem ser formados para tornarem-se pessoas abertas à multidisciplinaridade e ao conhecimento integral, e não compartimentado horrivelmente como a universidade hoje em dia.
Um texto simplista pra uma questão complicada. Desculpem a seriedade da coisa. Queria por uma piadinha pra descontrair, mas tá na hora do almoço, preciso ir comer.

vez em quando

eu de ansiedade digito "www.blogger.com.br" e percebo o erro assim que aperto enter. e como demora o .br, e como tem coisas escritas assim "publique seus pensamentos instantaneamente".
eu tenho medo.

ah, outra coisa que eu já queria mesmo dizer faz tempo: o let it be naked é excelente. faço questão de dizer, perdoem-me os que acham a questão óbvia, porque eu mesma tinha muito preconceito. achava as orquestrações boas, mas não gostava especialmente do disco. agora a versão pelada conquistou meu coraçãozinho, e ainda por cima fez um nome de álbum ainda melhor. sou a favor.