sexta-feira, 11 de março de 2005

Ocorreu-me uma coisa

enquanto estava lendo um livro, o segundo da série "preciso ler novelinhas", e agindo com o usual seinfeldismo aplicado à literatura. Pesquei uma coisinha interessante: numa intra-carta, o personagem dizia que o poema não foi escrito para dada pessoa. Mas sim essa pessoa foi criada para o poema.
E isso esclarece alguns pontos. Ou melhor, reforça. Escrever textos com forma literária para alguém é uma bela armadilha. Acho que assim posso expressar melhor o que aconteceu alguns episódios atrás. Como já preguei e preguei, o poema nada tem que ver com o mundo real, não pode representá-lo. Mas o mundo real pode ser manipulado para representar o poema, ao que parece. E é assim que criam-se musas e musos e é assim que a coisa foi revertida e é sempre. Engraçado essa idéia aparecer num texto tão anedótico, que tem muitas tentativas ruins de auto-referenciar-se.
Enfim, tal manipulação é como o Frankenstein, ou o Jimmy Angelov (uh, péssimo exemplo =D): criatura, mal-criada, fantasmagórica. Cada vez mais professo a distância da vida real e da arte. Para representar, blog-se. É inclusive um bom purgante dos pruridos ultraviolentestéticos. =)
O envoi: cuidado com o que escreves, pode virar pantasma.

2 comentários:

Anônimo disse...

ora ora...então é isso =)

Anônimo disse...

de fato é, sabemos que é. mas a pantasma não é (insira nome real masculino) e nem (insira nome real feminino). as pantasmas são abby e margot... podemos matá-las =)
ou melhor, esconjurá-las.