sábado, 12 de maio de 2007

uma música linda demais pra ser verdade, de presente:

http://rapidshare.com/files/30836564/07_Dancing_Girl.mp3

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quinta-feira, 10 de maio de 2007

skewing the sky, still blue, sky

nas últimas duas semanas, tive sonhos do tipo compensatórios. (sic)
digam o que quiserem, nem sempre é assim, ao menos não tão declaradamente quanto os últimos.
mas a mente tem um pouco de deuses nela, mesmo que só a sombra, e ela é sábia quando realiza nos sonhos somente as coisas pequenas que deseja durante o dia. se compensasse as grandes coisas, talvez eu demoraria mais para dizer e assumir que o dia é minha oportunidade de fazer algo que, aos poucos, vá tornar meus sonhos menos compensatórios e mais suplementares.

nesse espaço entre parágrafos, pensei que talvez deva experimentar parar de expor meus comentários com o protagonista 'as pessoas'. terminava por levar as arengas para a generalização, dessa forma. ou pregação, o que é ainda mais periclitante. confesso que o usei muito ('as pessoas') por não querer que meu blog fosse um festival de 'eus'. mas enfim, é um maldito blog. ou bendito, que, além de tudo, é uma palavra mais agradável. ou era antes do nosso papa decimus sextus.

enfim, eu, meu modelo de resolução das coisas que tem surgido é disciplinado. organiza-se e quer ter metas. aquela antiga beleza que via na aleatoriedade e na indefinição mudou de ângulo. e, assim, pode entrar pela porta mais estreita dos meus perto de 30 anos. tornou-se não a beleza em si, mas uma parte dela necessária para que mudanças ocorram. a beleza em si é ela mesma, multi e inominada, maciça e pregnante. e sim, ela me acena com mais vigor por passos de precisão, acertos, cumprir depois de augurar, augúrios matemáticos e redondos. meu abraço cada vez mais segura aspirações de compromisso com etapas várias do caminho até a morte (quiçá depois: e não-linear muito embora ordenado), com decisões não-espúrias, disciplina muito saborosa e ainda mais que não ouso, agora, registrar aqui. e vive. essa é minha vida.

terça-feira, 8 de maio de 2007

sky blue sky

voltei pra casa de ônibus no começo da noite, passei por dois descampados. nas duas vezes o céu me fez andar com a boca aberta e o perigo iminente de tropeçar ou engolir mosquito. sem contar o de ser abocanhada por algum malfeitor escondido em moita. adoraria poder caminhar mais à noite.
quando passei pelo primeiro descampado, estava escutando o sky blue sky do wilco, e pela primeira vez gostei muito que doeu. nels cline reafirma-se como um dos meus guitarristas atuais preferidos.
quando passei pelo segundo, estava com cat power, escutando o the greatest.

não dá pra dizer. não dá, eu tento, mas é complicado. sabe, às vezes queria que alguém entrasse dentro de mim quando passo por esses momentos. só pra saber como é. sem sexual innuendo, por favor. ao menos em princípio.

porque quando o céu é límpido assim, me dá aquela velha sensação já tão descrita aqui de morar no universo, e o universo sendo um poço de limpidez azul escura com estrelinhas, mas estrelinhas bonitas de verdade, não essas que a gentarada tatua por aí. e com nuvens de vapores. e a lua, etc e tal.

mas é bom estar na terra e não flutuando por lá, porque se pode contrastar o sky blue sky com verdes e chãos, e músicas. mas um dia, quem sabe, nem disso vou sentir falta.



p.s.: outro dia foi parhelia no fim da tarde, mas esse tirei foto e não escrevi nada. aliás, o fenômeno parhelia é muito interessante, quem quiser, google it.