sábado, 8 de janeiro de 2005

Quando a crianca era crianca

O quão falsa é essa ficção, Abby Dear?
Vai contra meus princípios, lindamente contra: o quão falsa é?
Sei que não há medida para isso. Mas a pergunta certa então pode ser: é pseudo-ficção ou hiper-realidade?
Te pergunto demais, não é? Fiz de novo.
Você entende. Eu gosto disso.

Foi bom poder dizer a alguém que ainda vou levantar vôo. Enche meu coração de esperanças e meus ossos de ar, um dia ainda vou. É natural... vem com pedacinhos de momentos ensolarados, passos, um quase-susto, sensação de preenchimento, também de ar. Pronto. Estou pronta para voar. Alguma coisa aí pesa de novo, acho que aquela dos silogismos perfeitos.

E além do fetiche percebi que o que poderia ser ordinário não necessariamente o é, aquele diálogo comprimido, confissões cabeludas e tão honestas que nada herméticas, que desajeitadas, queridas. Um mimo, Mr. Dear. Não se desculpe novamente por sua pieguice. É um mimo, uma coisa que não sei nomear, preciso um dia te mostrar o som dessa coisa, porque não é transliterável, é som. Gesto, como sempre gosto de dizer. Ou se desculpe, se quiser, também aprecio esse desajeito. Nanodesajeito.

Nano é palavra que não merece uso minimizante, vamos convencionar que serve para coisas ínfimas que catalisam grandezas imensas, abrangentes e extraordinárias? Porque é uma palavra ninável. Quer saber um adjetivo pra ela? Aquele som de que te falei antes.

P.S.: Já estamos precisando praticamente fazer uma lista por escrito das imagens em movimento potenciais momentos compartilhados.

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