Notar, permitir, provocar, evitar. Nanodiferenças. Escrevo-te sempre com uma caneta azul, esferográfica, ponta não-fina. O corpo dela é vermelho-transparente, cilíndrico por fora e facetado verticalmente por dentro. Na mediatriz do corpo, a marca: serigrafia branca, com telefone, de Brasília: Clarion. A tampa é vermelha quase transparente, fosca de textura microgranulada. Tem na ponta oposta à esfera um círculo, vermelho-opaco, quando a criança era criança gostava de mastigar e as canetas da casa ficavam desprotegidas. Proteção é uma palavra nanofeinha, mas uma boa palavra, estala na boca, depois dela vem o conforto. Outra por si só nanofeia, mas muito boa de dizer, traz alívio bom de travesseirinho. De deitar em forma de abraço. Você pega minhas nanopalavras e abre as entrelinhas um pouco só, e as deita; acho nanoformidável.
Não recebi a pergunta, estou bem, fazendo os extremos tocarem-se, fechando e abrindo ciclos, com serenidade e staccatos de calafrios. Assim é bom.
terça-feira, 11 de janeiro de 2005
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