as nuvens varridas em perspectiva elevaram o olhar, elevaram o pensamento, revelaram no quase contato.
chegar perto, aproximação que se comentava, mas agora investida de altruísmo.
pois então, mais uma vez fui caminhar e fiquei na dúvida sobre escrever um post. imitar não é possível, mas como irradiar o contato?
hoje, num certo ponto, fiquei cheia de lagrimazinhas por conta de um pedaço de árvore e céu, cada dia é uma coisa.
faço minha peripatética para chegar o mais perto possível de coisas puras, para com a minha presença indispensável no universo minimamente elevar o que é todos e cada um. porque assim alimento nossa disposição, acho que é possível sentir o irradiar.
mas prometo dar um tempo desse assunto de caminhada.
segunda-feira, 27 de junho de 2005
quarta-feira, 22 de junho de 2005
eu sou rural
caminhadas no lago norte têm sido meu maior motivo de alegria.
o pretexto anunciado para elas é o exercício, e é claro que é uma razão importante.
mas confesso que tenho ido por causa da beleza de tudo. não vou tentar descrever, palavras são outra ordem de coisas. não vou expor ao ridículo o que eu vejo e sinto nas minhas peripatéticas monológicas. mas quando caminho penso, no intervalo dos assuntos a serem discutidos, sobre como gostaria que algumas pessoas experimentassem o mesmo que eu.
caminhadas salutares. às vezes 7h às vezes 16:40.
no lago norte bom.
o pretexto anunciado para elas é o exercício, e é claro que é uma razão importante.
mas confesso que tenho ido por causa da beleza de tudo. não vou tentar descrever, palavras são outra ordem de coisas. não vou expor ao ridículo o que eu vejo e sinto nas minhas peripatéticas monológicas. mas quando caminho penso, no intervalo dos assuntos a serem discutidos, sobre como gostaria que algumas pessoas experimentassem o mesmo que eu.
caminhadas salutares. às vezes 7h às vezes 16:40.
no lago norte bom.
quinta-feira, 16 de junho de 2005
aura amara
nos poemas de amor o poeta exalta a amada e diminui-se. considero essa manobra irônica... o que ele exalta é o poema, talvez um tanto a si mesmo e sua persona-escriturária. quem ama (ou assim acredita) e dirige seus clamores a outrem está possivelmente realizando o tipo de devoção que gostaria alguém tivesse a ele. é talvez mais insensato do que aceitar que o amor próprio é o único que realmente move as pessoas. que se projeta nos outros sempre o que se quer para si. ler pode ser fantasiar que se é o autor. escrever envolve a criação imaginária de um leitor ideal, que ninguém mais é do que si próprio.
buscar o amor, portanto, pode ser buscar um duplo. opostos podem ser interessantes por não carregarem a culpa da falta de modéstia do auto-amor, e também por muitas vezes realizarem o que não se deixa realizar, mas que é na verdade o eu que existe na mente.
pode ser que, se cultivado o amor-próprio, e assumido, o apreço pelo outro seja coisa mais comum. e não ciúme de si mesmo mascarado em orgulho, vaidade, posse, cobrança...
enquanto isso, tendo a ficar de altas. (ou autas? de onde surgiu isso hein?)
p.s.: pensando aqui: e se ele diz deixar sua vida de lado por outra, isso não é uma tremenda desculpa para não aprender nada? para não aperfeiçoar-se? mais uma vez defendo uma certa imodéstia, e até o total despudor em amar-se a si mesmo e cultivar esse amor. mas estou aberta a sugestões. e que fique claro que não acho que os bons poetas "de amor" são de fato amantes de uma donzela (a não ser que a língua ou a escritura sejam a tal). continuo a acreditar na ironia da palavra poética... as coisas de verdade não são representadas, mas sim praticadas ou, no mais das vezes, pensadas – sentidas. aproveito minhas inclinações por terceiros (ou segundos, dependendo de quem lê) para aquela manutenção diária e benfazeja de auto-crítica. e não desperdiço (ao menos idealmente) oportunidades de aprendizado nesse sentido com horas de fantasias e expectativas.
buscar o amor, portanto, pode ser buscar um duplo. opostos podem ser interessantes por não carregarem a culpa da falta de modéstia do auto-amor, e também por muitas vezes realizarem o que não se deixa realizar, mas que é na verdade o eu que existe na mente.
pode ser que, se cultivado o amor-próprio, e assumido, o apreço pelo outro seja coisa mais comum. e não ciúme de si mesmo mascarado em orgulho, vaidade, posse, cobrança...
enquanto isso, tendo a ficar de altas. (ou autas? de onde surgiu isso hein?)
p.s.: pensando aqui: e se ele diz deixar sua vida de lado por outra, isso não é uma tremenda desculpa para não aprender nada? para não aperfeiçoar-se? mais uma vez defendo uma certa imodéstia, e até o total despudor em amar-se a si mesmo e cultivar esse amor. mas estou aberta a sugestões. e que fique claro que não acho que os bons poetas "de amor" são de fato amantes de uma donzela (a não ser que a língua ou a escritura sejam a tal). continuo a acreditar na ironia da palavra poética... as coisas de verdade não são representadas, mas sim praticadas ou, no mais das vezes, pensadas – sentidas. aproveito minhas inclinações por terceiros (ou segundos, dependendo de quem lê) para aquela manutenção diária e benfazeja de auto-crítica. e não desperdiço (ao menos idealmente) oportunidades de aprendizado nesse sentido com horas de fantasias e expectativas.
segunda-feira, 13 de junho de 2005
quinta-feira, 9 de junho de 2005
o duplo das voltas
assim como no dia em que fui pro rio, dormi muito pouco. fui no dia 9 de abril e estou voltando pra brasilia no dia 9 de junho. quando cumprir o outro trecho da passagem, vou me sentir voltando e nao indo. ou seja, volto pra brasilia para voltar ao rio.
ainda nao me acostumei com a acentuacao do computador novo e estou como um zumbi nesse aeroporto do rio, portanto nao vou me preocupar com isso agora.
cheguei aqui talvez antes de 6 da manha, acompanhando meu amigo do azerbaijao cujo voo deve estar saindo neste exato momento. estou olhando pra pista, muita nevoa la fora e um aviao da tam passeia e lembra um tubarao a espreita.
nunca viajei com tanta bagagem...
era so isso que eu queria dizer, pra quem esta lendo, fique sabendo: estou voltando para brasilia, para voltar depois pro rio.
ainda nao me acostumei com a acentuacao do computador novo e estou como um zumbi nesse aeroporto do rio, portanto nao vou me preocupar com isso agora.
cheguei aqui talvez antes de 6 da manha, acompanhando meu amigo do azerbaijao cujo voo deve estar saindo neste exato momento. estou olhando pra pista, muita nevoa la fora e um aviao da tam passeia e lembra um tubarao a espreita.
nunca viajei com tanta bagagem...
era so isso que eu queria dizer, pra quem esta lendo, fique sabendo: estou voltando para brasilia, para voltar depois pro rio.
terça-feira, 7 de junho de 2005
J. Lu
Sou fã do John Lurie, de coração.
Como se não bastasse ser compositor maravilhoso e bom ator, engraçado, esquisitão, bom desenhista, amigo de pessoas aparentemente interessantes, ainda tem site elegante e nome bonito.
Como se não bastasse ser compositor maravilhoso e bom ator, engraçado, esquisitão, bom desenhista, amigo de pessoas aparentemente interessantes, ainda tem site elegante e nome bonito.
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