sexta-feira, 7 de janeiro de 2005
Abby!
Acabo de voltar de um banho de luz. Siga o dia e procure o sol. Vá até o sol. O som que imediatamente não me ocorreu, ao invés dele a boa sorte. Abri as janelas, assim. Recolhi os cacos. Enrolei. Abri. Gestos vocais de menina, menos rude do que o esperado. Seguiu-se de outro ponto, esse mais comprido, milhas mais longe, abrace-me agora. O sol entrava, um pouco, o suficiente. O sol já marcado em mim. O sol que é o mesmo. Foi natural então seguir-se o dia, alcançar o sol. O som do sol, tão mas tão agradável que parece cosquinha. Ou areia um pouco fina. Uma onda não muito forte. Brisa. No meio da tranqüilidade me fiz mais uma vez a pergunta. O que é isso?
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Um comentário:
dear margot,
não é tanto preguiça de deduzir quanto um sentimento de falta de capacidade para tal. mais uma vez a hermeticidade me confunde. e agora tenho medo de dar mais um salto no abismo desconhecido onde pulei na ocasião da primeira carta.
o sol tá ali. a brisa também. as ondas idem. minha relação com eles nunca foi tão intensa assim. com as nuvens é diferente, desde criança tenho um vínculo maior com elas do que com o mar. mas entendi bem sua pequena nota, e não sei se tanto seu banho de luz.
e o que é isso? não sei. mas talvez tenha sentido um certo ciuminho do astro rei.
acho que estou começando a entender.
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