Minha irmã de quinze anos fez um estrago no meu coração. Bendito estrago...
Fui assisti-la dançando – ela sapateia e dança jazz – no espetáculo de final de ano da academia em que faz aula. Acho que fui pensando um pouco que seria mais uma apresentação bonitinha, coisa de irmão pequeno, que você dá parabéns condescendentemente ao final. Mas a minha irmã é linda, no palco é mais do que linda, e ela dança muito bem. Minha irmãzinha que eu vi nascer é uma mulher, ou quase, e uma bela de uma dançarina! Num espetáculo super produzido.
Eu chorei, e não foi pouco. Não só por estar feliz por ela, que inclusive foi promovida e agora faz parte de um grupo de dança de fato, mas também pelo tempo em que fiz questão de afastar-me dela... Sempre tive tanta má vontade com as conversas e atitudes da coitadinha, e ela sempre me tratou muito bem, sempre seguiu timidamente alguns passos meus, até. Ela lembra-se de coisas tão pessoais e peculiares sobre mim. Sei disso agora porque nos últimos dias resolvi escutar minha irmã, passar tempo perto dela, e não consigo parar de dar-lhe presentinhos. Que boba eu. Isso é pra mostrar como as pessoas são equivocadas às vezes, e imaturas, e teimosas. Só uma palinha mesmo.
Ah, e foi muito bom não ter orgulho, e dizer a ela que eu a amo, e que ela tem um futuro e tanto pela frente.
terça-feira, 14 de dezembro de 2004
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