domingo, 28 de novembro de 2004
Tia do rock - mais um post pessoal, com sua licenca
Dessa vez ninguém pode acusar-me de afastamento por causa de namoro. Eu solteira e mesmo assim não estou dando conta dessas festinhas que acontecem por aí. Tenho tentado, quem me vê por aí sabe. Mas é muita música ruim, muita canseira, muita gente desinteressante. Prefiro sair pra conversar com meus amigos. E se for pra dançar tenho preferido a Samboquê ou algo parecido... Até porque a média de idade e um pouco mais alta... O mundo do rock em Brasilia parece mais a Disney do indie. Precisa de mais "gente grande", de menos pose e mais ar condicionado também. Aquele Space Bar é insuportável. Tou me sentindo uma tia. Ou então sou uma pessoa muito travada que não sabe se divertir. Mas sei que isso é pouco provavel, existem muitas situações diferentes que acho bem mais divertidas. Falar nisso, tou com saudade de cozinhar...
sexta-feira, 19 de novembro de 2004
dez mais cinco dias
ou perto, desce o rio vermelho contínuo. quando para o que está parado não é o rio, mas é um fôlego em movimento, é o pulso da correnteza.
lava-se com sangue, dizem, lave-se com sangue, lave-se com sal.
vinte menos cinco dias ou talvez a metade. o fôlego de mesma duração, o expulso que não tarda ser engolido, movimento inoculado.
lava-se com sangue, dizem, lave-se com sangue, lave-se com sal.
tenho dois peixes, tive três, tenho dez vidas. nada no rio vermelho, nada o outro, repete para ganhar. repete para perder. não perde a correnteza.
nada-se com sangue, vivem, nade-se com sangue, nade-se com sal.
do seco corre nada corre substância, sobe e desce o rio. duas pontas nada encontradas, duas pedras de sal lapidadas. atravessa o rio pra margem, corre ao entremeio, passa pelo meio, passa e nada à vau.
lava-se com sangue, dizem, lave-se com sangue, lave-se com sal.
vinte menos cinco dias ou talvez a metade. o fôlego de mesma duração, o expulso que não tarda ser engolido, movimento inoculado.
lava-se com sangue, dizem, lave-se com sangue, lave-se com sal.
tenho dois peixes, tive três, tenho dez vidas. nada no rio vermelho, nada o outro, repete para ganhar. repete para perder. não perde a correnteza.
nada-se com sangue, vivem, nade-se com sangue, nade-se com sal.
do seco corre nada corre substância, sobe e desce o rio. duas pontas nada encontradas, duas pedras de sal lapidadas. atravessa o rio pra margem, corre ao entremeio, passa pelo meio, passa e nada à vau.
terça-feira, 16 de novembro de 2004
Pesquisando os territorios
Os territorios, na verdade, somos nos. Nos que somos limitrofes, limitadores e delimitados - os territorios sao feitos de fronteiras. So existem em funcao dos outros.
As coisas que nao sao os territorios nos pesquisam, a pesquisa mais pura jamais vista, tao pura que nao podemos saber quase nada sobre ela, visto que delimitamos imediatamente, chegamos ao ponto de delimitar tanto que ja nos referimos "as coisas" e nao a uma coisa so, ou a uma so pesquisadora. Ja pensamos nessa pesquisa como sendo metodica, como tendo um comeco, um meio e um fim (que nos deixa morrendo de medo). Mas os territorios tem a vantagem de poder sempre escolher suas fronteiras (digam o que quiserem) e os nao-territorios sao tao puros que nao podem escolher. Pesquisam e pronto. Nos, os meticulosos territorios, somos cada vez mais apurados em escolher (de novo, digam o que quiserem) e com isso ficamos cada vez mais bonitos!
(texto do meu antigo blog, só pra reaquecer as turbinas)
As coisas que nao sao os territorios nos pesquisam, a pesquisa mais pura jamais vista, tao pura que nao podemos saber quase nada sobre ela, visto que delimitamos imediatamente, chegamos ao ponto de delimitar tanto que ja nos referimos "as coisas" e nao a uma coisa so, ou a uma so pesquisadora. Ja pensamos nessa pesquisa como sendo metodica, como tendo um comeco, um meio e um fim (que nos deixa morrendo de medo). Mas os territorios tem a vantagem de poder sempre escolher suas fronteiras (digam o que quiserem) e os nao-territorios sao tao puros que nao podem escolher. Pesquisam e pronto. Nos, os meticulosos territorios, somos cada vez mais apurados em escolher (de novo, digam o que quiserem) e com isso ficamos cada vez mais bonitos!
(texto do meu antigo blog, só pra reaquecer as turbinas)
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