quarta-feira, 15 de setembro de 2004

Ephemeral Sunset of the Cold Body

Hoje à tarde matei os estudos e fui ao cinema. Adoro ir à matinée, mais ainda se for dia de semana. Fui assistir "Brilho Eterno de Uma Mente Sem Lembranças" no Academia, antes que saia de cartaz.

Todo mundo que conheço (fora minha irmã de 15 anos) e viu amou... Alguns choraram, outros colocaram entre os favoritos, reações entusiasmadas mesmo. Poxa, eu fui preparada para levar um choque emocional, já estava quase desejando aquela sacudida braba, sair chorando do cinema, ou muito pensativa, ou querendo amar o primeiro (ou primeira, sabe lá) que aparecesse. Mas acho que nunca me vi tão calculista num cinema, afe. Foi bem esquisito... Gostei muito da construção do filme, da fotografia, das caricaturas, dos atores... Mas não consegui sentir uma emoçãozinha relacionada ao caso de amor dos dois sequer.
Isso mexeu comigo... saí do cinema meio preocupada, nunca senti isso antes: medo de endurecer. E olha que já quis sentir, acho que na adolescência um amor malogrado sempre dá esse efeito. Impressionante. Quando eu digo que estou nessa fase meio blasé eu mesma fico não acreditando muito, por causa do passado. Mas as coisas vão rolando e eu vou percebendo que de fato estou mais quieta.
Enfim, fiquei um tempo me sentindo desconfortável, insensível, chata. Poxa, todo mundo achou lindo...
Mas depois pensei pelo lado bom: da próxima vez que eu gostar mesmo de alguém, a coisa toda vai ter mais graça porque vai ser uma surpresa. É uma bênção não ficar naquela de expectativa, insegurança, sentir-se inferior...

Ah, esse título do post foi meio forçado. Acho que "mind" fica melhor no lugar de 'body". O coitado do body não tem nada a ver com a estória.

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