quarta-feira, 25 de agosto de 2004

Ih, ralei o joelho de novo!

Ontem eu estava comendo bolo de laranja na casa da Paula, e ela se lembrou de um dos fatos mais importantes da infância: o "ralado".
Acho que eu tinha falado sobre merthiolate, aí a conversa foi evoluindo e a gente se deu conta de que não usa mais merthiolate simplesmente porque não sai mais se ralando por aí. Quando se é criança, é coisa corriqueira, toda semana. Joelho, cotovelo, eu mesma já ralei a barriga uma vez.
A Paula teve um ataque de riso por causa disso e eu fui contagiada. É que esse termo "ralar" é bem engraçado, se você pára pra pensar. Engraçado pra nós, pra criança não tem graça nenhuma, é um saco.
E então a gente ficou especulando sobre o porquê de os badequinhos se machucarem tanto. É claro que a resposta não é muito difícil. Pra começar, eles se arriscam mais: sobem em árvore, aprendem a andar de bicicleta, skate, carrinho de rolimã, brincam de correr o tempo inteiro. Mas tem outra razão mais bonitinha: criança se mexe pra caramba! HAhah. Dá até vontade de rir, porque fico lembrando do Ju no último jogo da seleção feminina de futebol – eu querendo assistir e ele do meu lado se acomodando incessantemente, ou "viajando" no movimento das próprias pernas, ou coçando o pé na mesa, sei lá. Lá pelas tantas eu me levantei e fui assistir na outra tevê. Mas agora até fiquei com peninha, porque ele tem muita energia, precisa gastar. E a Paula mesma apontou: a gente também se mexe bastante – de um jeito mais discreto, é bem verdade – mas se mexe. Quem não fica brincando com a lapiseira durante uma aula, ou mexendo no cabelo, ou sacudindo o pé, cortando papelzinho, unhando o braço, arrancando casquinha da parede, etc?
Seria feio se fizessem uma colagem de filmes desses momentos em sala de aula, ou reuniões, almoços, palestras... Imagina a esquisitice dessas pessoas.

Um comentário:

Anônimo disse...

Ah, brigada, Dé.
Mas acho que o sexototal já era, né?