There's a man talking on the radio
What he's saying I don't really know
Seems he's lost some stocks and shares
Stops and stares
He's afraid I know
That's the way it goes
There's a man talking of the promised land
He'll aquire it with some Krugerrand
Subdivide and deal it out
Feel his clout
He can stoop so low
And that's the way it goes
There's an actor who hopes to fit the bill
Sees a shining city on a hill
Step up close and see he's blind
Wined and dined
All he has is pose
And that's the way it goes
There's a fire that burns away the lies
Manifesting in the spiritual eye
Though you won't understand the way I feel
You conceal, all there is to know
That's the way it goes
(acho que já postei essa letra aqui, mas é bem temática da semana. onde vai parar este planeta, pelo cão do egito???)
(ah, a letra e a música são do – indefectivelmente ótimo – george harrison.
segunda-feira, 17 de outubro de 2005
sexta-feira, 7 de outubro de 2005
coisas de verdade
Veio uma vontade de escrever algo que se refere ao mundo real, após dois eventos: uma conversa no carro, ontem, e uma leitura de blog, hoje.
Li o último post da Dani Guima, sobre o referendo, no qual ela expõe diferentes argumentos para cada voto possível. Gostei muito da precisão e simplicidade do texto, e alguns argumentos me fizeram lembrar de uma conversa que tive ontem com o Sr. Respectivo. Recebi uma boa explicação do porquê de ele acreditar na liberação das drogas. Pode ser até um argumento simplista, talvez um pouco ingênuo, não sei... Mas ele disse que tal medida provavelmente acabaria com o narcotráfico, que é um freio brutal ao desenvolvimento do país. Gasta-se muito com a repressão ao tráfico, mais do que se gastaria com educação preventiva – na verdade, educação como um todo – e, talvez, com o tratamento de drogados. Além disso, penso eu, há o problema do narcotráfico como chaga social: ele é violento e demanda medidas violentas pela polícia, ele propicia verdadeira guerrilha urbana em alguns locais que nem preciso mencionar e, ainda, funciona como qualquer negócio ao tentar angariar clientela, falo de aliciamento de menores para o mundo das drogas, o que os torna dependentes dos traficantes. O Sr. R., assim como eu, é contra as drogas e não as usa, mas acreditamos que a diminuição de seu consumo deve vir da educação e não da repressão.
Enfim, talvez o desarmamento e a descriminalização das drogas possam ser medidas que se complementam. Ou seja, acredito que os argumentos contra o desarmamento têm fundamento, e entendo os que dizem que o referendo é algo como querer parir um bebê no terceiro mês de gestação (ver texto da Dani), mas não deixo de apoiar o desarmamento como uma das várias medidas a serem tomadas em direção da melhoria social deste País.
Ah, só mais um comentário breve: é interessante parar para refletir como, em várias ocasiões, as medidas levantadas pelos governos (no plural, considere-se não só o governo federal como também estadual/municipal) são paliativos ou distorções de algum processo cuja raiz está, invariavelmente, na educação. O quanto não se gasta com obras como a transposição do Rio São Francisco – ainda mais se for levado em conta o indefectível desvio de verba – enquanto se poderia investir na formação de pessoas mais capazes de exercer uma democracia que faça sentido, na qual cada um é de fato capaz de escolher e opinar. Não sou contra a transposição, ok? Mas sou contra o trajeto dela e as politicagens envolvidas...
Li o último post da Dani Guima, sobre o referendo, no qual ela expõe diferentes argumentos para cada voto possível. Gostei muito da precisão e simplicidade do texto, e alguns argumentos me fizeram lembrar de uma conversa que tive ontem com o Sr. Respectivo. Recebi uma boa explicação do porquê de ele acreditar na liberação das drogas. Pode ser até um argumento simplista, talvez um pouco ingênuo, não sei... Mas ele disse que tal medida provavelmente acabaria com o narcotráfico, que é um freio brutal ao desenvolvimento do país. Gasta-se muito com a repressão ao tráfico, mais do que se gastaria com educação preventiva – na verdade, educação como um todo – e, talvez, com o tratamento de drogados. Além disso, penso eu, há o problema do narcotráfico como chaga social: ele é violento e demanda medidas violentas pela polícia, ele propicia verdadeira guerrilha urbana em alguns locais que nem preciso mencionar e, ainda, funciona como qualquer negócio ao tentar angariar clientela, falo de aliciamento de menores para o mundo das drogas, o que os torna dependentes dos traficantes. O Sr. R., assim como eu, é contra as drogas e não as usa, mas acreditamos que a diminuição de seu consumo deve vir da educação e não da repressão.
Enfim, talvez o desarmamento e a descriminalização das drogas possam ser medidas que se complementam. Ou seja, acredito que os argumentos contra o desarmamento têm fundamento, e entendo os que dizem que o referendo é algo como querer parir um bebê no terceiro mês de gestação (ver texto da Dani), mas não deixo de apoiar o desarmamento como uma das várias medidas a serem tomadas em direção da melhoria social deste País.
Ah, só mais um comentário breve: é interessante parar para refletir como, em várias ocasiões, as medidas levantadas pelos governos (no plural, considere-se não só o governo federal como também estadual/municipal) são paliativos ou distorções de algum processo cuja raiz está, invariavelmente, na educação. O quanto não se gasta com obras como a transposição do Rio São Francisco – ainda mais se for levado em conta o indefectível desvio de verba – enquanto se poderia investir na formação de pessoas mais capazes de exercer uma democracia que faça sentido, na qual cada um é de fato capaz de escolher e opinar. Não sou contra a transposição, ok? Mas sou contra o trajeto dela e as politicagens envolvidas...
Assinar:
Postagens (Atom)